“Todas as coisas não comunicadas, que não foram nunca confiadas a ninguém, deixam de existir, pois não há para elas lugar permanente na realidade” Vera S. Telles.
sexta-feira, 9 de julho de 2010
Futebol e o brilho da liberdade
O Observatório da Imprensa veiculado na terça-feira (6/7) pela TV Brasil exibiu uma entrevista especial de Alberto Dines com o escritor uruguaio Eduardo Galeano, gravada em 30/6, em Montevidéu. O assunto? Futebol, é claro. Em tempos de Copa do Mundo, Galeano interrompe todas as suas atividades para dedicar-se inteiramente aos jogos. Chega a "disputar" três partidas por dia. Na porta de sua casa, uma placa desenhada pelo próprio escritor avisa: "Cerrado por fútbol". E só retoma as atividades após o apito final do último jogo do mundial.
Autor de mais de 40 livros de ficção, análise política, jornalismo e história, Galeano completa este ano meio século de atividade intelectual. Entre suas obras mais conceituadas está Futebol ao Sol e à Sombra, uma coletânea de ensaios e crônicas sobre o esporte. Na abertura do programa, gravada no Estádio Centenário de Montevidéu, palco da primeira Copa do Mundo, Dines anota que a equipe da TV Brasil foi ao Uruguai "especialmente para encontrar uma das figuras máximas das letras latino-americanas e da cultura uruguaia".
Na entrevista, Galeano explicou a Dines que a placa é uma antiga tradição dele e de sua mulher, Helena. A cada ano, desenha um novo cartaz. "A gente fica aqui vendo todas as partidas. Nós dois somos malucos por futebol", disse. O escritor admitiu que o esporte, muitas vezes, causa sofrimento, mas ponderou que também é fonte de felicidade. "É uma alegria estranha. É uma alegria que dói", explicou.
Assista o vídeo da entrevista
http://www.youtube.com/watch?v=_xsJ7pl8RFA&feature=player_embedded#!
quinta-feira, 8 de julho de 2010
Sem provas, CPI do MST é arquivada
Não há desvio de dinheiro público para a ocupação de terra no Brasil.
Foi o que concluiu o relatório apresentado nesta quarta-feira (08) da CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) que investigou a ligação entre entidades da reforma agrária e ministérios do governo. No total, foram realizadas treze audiências públicas em oito meses. A CPMI também investigou as contas de dezenas de cooperativas de agricultores e associações de apoio à reforma agrária.
O relator da CPMI, deputado federal Jilmar Tatto (PT/SP), comenta as conclusões do trabalho.
“Foi uma CPMI desnecessária. Na verdade são entidades sérias que desenvolvem um trabalho de aperfeiçoamento e de qualificação técnica do homem do campo. O que deu para perceber foi que a oposição, principalmente o DEM e o PSDB, estavam com uma política de criminalizar o movimento social no Brasil. Tanto é verdade que, depois de instalada a CPMI, eles não apareceram nas reuniões.”
O deputado federal Onxy Lorenzoni (DEM/RS) pediu vista do relatório durante a última sessão. Com isso, uma nova reunião foi marcada para a próxima quarta-feira (14). A expectativa é de que a bancada ruralista coloque em votação um relatório paralelo à relatoria oficial, mesmo não tendo participado das audiências de investigação.
“Eles tentaram como último suspiro prorrogar a CPMI. Eu fiquei sabendo que eles não conseguiram as assinaturas para essa prorrogação. Então só cabe a oposição apresentar um relatório alternativo.”
Para Jilmar Tatto, a CPMI reafirmou a importância dos convênios estabelecidos para a execução de políticas públicas nos assentamentos e nas áreas rurais.
“Essas entidades fazem a ponte entre os órgãos do Estado com aquelas pessoas que mais precisam, fazem um trabalho fundamental de resgate da cidadania desses setores da sociedade que estão marginalizados.”
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