“Todas as coisas não comunicadas, que não foram nunca confiadas a ninguém, deixam de existir, pois não há para elas lugar permanente na realidade” Vera S. Telles.
terça-feira, 6 de abril de 2010
Entrevista concedida ao Instituo Humanitas Unisinos (IHU)
IHU On-Line - Você define o MST, enquanto instituição, como midiatizado ou em processo de midiatização? Por quê?
Joel f. Guindani – Achar que tudo está midiatizado é reduzir a complexidade e a riqueza dos processos sociais, especialmente a dimensão criativa, bem como a incompletude da vida humana. Por outro lado, seria outro erro desconsiderar as afetações midiáticas sobre nossa realidade. Identifiquei, nesta pesquisa, que a criação, gestão e funcionamento das experiências comunicacionais do MST também são expressões da criatividade de sujeitos que almejam, em alguma proporção, à construção da cidadania, e não, exclusivamente, resquícios da cultura midiática.
A midiatização está imbricada nisso, mas não é a medida de tudo. Na mesma direção, a natureza das ações comunicacionais do MST, na maioria das vezes, não tem a intenção de ser midiatizada e, em segundo, pela impossibilidade de acesso à técnica, como, por exemplo, as manifestações comunicacionais, como as marchas e ocupações realizadas secretamente na escuridão da noite. Se definirmos qualquer manifestação comunicacional como midiatizada, corremos o risco de simplificar a existência deste movimento social somente a partir da cultura tecnológica. O MST, muitas vezes, age midiaticamente, mas não somente sob esta perspectiva. Se o MST fosse um movimento apenas midiático, os pés de laranja da Cutrale não seriam derrubados.
Confira mais em
http://www.ihu.unisinos.br/index.php?option=com_noticias&Itemid=18&task=detalhe&id=31090
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