terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Para você que quer viver!!!


Amigo Leitor, Amiga Leitora!!!

Por vezes nos sentimos cercados... Liberdade pode ser algo que se apresenta sempre além, à frente de tudo aquilo que já somos ou conquistamos...
Neste início de ano, a calmaria parece ser a predileção de nossas vidas. Chega de rotina, queremos um pouco mais de vida... Nada mais certo!!!
Nestes dias, encontrei um grande companheiro que me afirmou: “as facilidades não nos conduzem à felicidade”... Acredito! A prontidão, a praticidade, o vento leve, empurram-nos ainda mais para o fundo das mesmices....
A luta deve ser permanente... Não falo aqui de luta no sentido de trabalhar e acumular uma materialidade... Falo de luta no sentido de sairmos das rotinas enraizadas, aquelas que nos prendem e sufocam nossos maiores desejos...
Entristeço ao perceber que muitos se satisfazem com o mais cômodo... Chateio-me com aqueles que esperam a gota de água cair do céu mesmo estando com os dois pés dentro de uma fonte... É lógico que a água fresca amortece os sentidos.. Eis aí a resposta para aqueles que têm de tudo, mas que ao mesmo tempo nada possuem ou nada sentem de positivo ou existencialmente gratificante...
As mudanças endereçadas e almejadas neste inicio de ano, podem ser o canal real para uma felicidade mais concreta e certeira. Basta idealizar, sonhar e mãos à obra...
Rosa Luxemburgo, revolucionária alemã, sempre dizia: “Força não há capaz de enfrentar uma ideia ou sonho cujo tempo tenha chegado”.
Sair dos comodismos e rotinas é como tirar o pó de uma prateleira: deixar visível sua verdadeira natureza e beleza. Bem sabemos que grandes transformações ocorrem depois de grandes mudanças e reviravoltas, pois o que tudo existe, já não deve mais nos servir... O que existirá será somente uma ponte, um lançar para o verdadeiro e extremo sentido de existir.
Que neste início de ano possamos matar qualquer tipo de “dogma”, “conformismo”, “superstição”, “medo”. Tudo isso deve ser regado com a certeza de não se aceitar mais a imposição de regras cristalizadas, que impossibilitam a superação e a transcendência de nós, seres humanos, o qual eu espero, deve lutar incansavelmente para libertar-se, elevar-se em sua saga de ser cada vez mais livre e compassivo ao próximo.
O poeta Oscar Wilde me faz relembrar que: “Viver é a coisa mais rara do mundo, a maioria das pessoas apenas existe”. Como relatei em artigo anterior, este existir limita-se apenas no fazer, fazer e fazer... Muitas mulheres que apenas “fazem” para a felicidade de um outro ao oferecer calada a roupa lavada e a comida quente; Homens que apenas “fazem” para o lucro de terceiros que se deleitam através das vias da exploração...
E neste fazer vazio, lá se vão os reais e mais profundos desejos de viver e de sorrir tranqüilo ao final de cada ano ou de cada entardecer...
Que neste ano possamos nos despojar das amarras materiais, das aparências e das superficialidades. Ou mais diretamente como dizia um e-mail que recebi do amigo Jaime: “Que neste ano você economize água, consuma menos carne, apague a luz, deixe o carro em casa, consuma mais orgânicos, use menos papel, utilize menos sacolas plásticas, prospere de forma sustentável, seja voluntário e mude o mundo...”
Que no ano novo você consiga transformar tudo o que está dentro e fora de você... Uma boa reflexão...