quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

FIDEL: Um exemplo... Uma esperança!!!


Uma das coisas que aprendi no meio científico é que é preciso ir além das aparências ou da superficialidade. Deixar um pouquinho de lado às informações que nos são despejadas por uma mídia aparelhada pelo grande mercado e que somente informa os fatos sem explicar a fundo as raízes e as razões! Mas vamos adiante...
Na história da humanidade existiram muitos grandes homens que são recordados por suas façanhas, por liderar grandes exércitos na consecução de vitórias que os enaltecem ante seus compatriotas, e como tais alcançaram fama e glória.
Fidel Castro forma parte desses líderes excepcionais. Destes que, segundo José Martí, o Herói Nacional de Cuba, são verdadeiros defensores de sua pátria, pois fizeram o que deviam fazer, isto é, "preparar um povo para defender-se e para viver com honra".
O visionário cubano estava convencido de que: "O povo necessita somente de uma força: não desconfiar de sua força.”
Também introduziu questões fundamentais, como a de que apenas uma sociedade não fundada no mercado, no egoísmo pode terminar com o analfabetismo, universalizar direitos de saúde, de educação e culturais para toda a população. Isso tudo fazendo com que um pequeno país sem grandes produtos de exportação, com baixo valor de carteira no mercado internacional, pudesse ter a projeção que teve.
Para quem nunca esteve lá, afirma Frei Beto, “Cuba deve seguir sendo o país mais solidário do mundo”, uma referência em saúde no mundo todo e o que tem mais médicos trabalhando ativamente fora do país. Isso para não falar na escola latino-americana de Medicina, que está formando as primeiras gerações de médicos pobres, provenientes inclusive do Brasil.
A sociedade cubana tem um grande espírito de solidariedade totalmente contraditório com o espírito mercantil que o capitalismo difunde pelo mundo afora e que afirma ser ditadura todo aquele sistema que não propicia um “consumir livremente”.
As dificuldades são enormes, pois vivem numa quádrupla ilha: geográfica; única nação socialista do Ocidente; órfã de sua parceria com a União Soviética; bloqueada há mais de 40 anos pelo governo dos EUA.
Mesmo assim, o país apresenta uma taxa de alfabetização de 99,8%; conta com 70.594 médicos para uma população de 11,2 milhões (1 médico para 160 habitantes); índice de mortalidade infantil de 5,3 por cada 1.000 nascidos vivos (nos EUA são 7 e, no Brasil, 27); 800 mil diplomados em 67 universidades, nas quais ingressam, por ano, 606 mil estudantes.
Hoje, Cuba mantém médicos e professores atuando em mais de 100 países, incluído o Brasil, e promove, em toda a América Latina, a Operação Milagros, para curar gratuitamente enfermidades dos olhos, e a campanha de alfabetização Yo sí puedo (Sim, eu sou capaz), com resultados que convenceram o presidente Lula a adotar o método no Brasil.
Haverá, sim, mudanças em Cuba quando cessar o bloqueio dos EUA; forem libertados os cinco cubanos presos injustamente na Flórida por lutarem contra o terrorismo; e se a base naval de Guantánamo, ora utilizada como cárcere clandestino - símbolo mundial do desrespeito aos direitos humanos e civis - de supostos terroristas for devolvida.
Não se espere, contudo, que Cuba arranque das portas de Havana dois cartazes que envergonham a nós, latino-americanos, que vivemos em ilhas de opulência cercadas de miséria por todos os lados: "A cada ano, 80 mil crianças morrem vítimas de doenças evitáveis. Nenhuma delas é cubana". "Esta noite 200 milhões de crianças dormirão nas ruas do mundo. Nenhuma é cubana". Uma boa reflexão!!!
(Fonte de pesquisa: FREI BETO)