sexta-feira, 18 de junho de 2010

José Saramago, Prêmio Nobel, Comunista, e filho de analfabetos


Foto: Sebastião Salgado

Intervir...

"Inventámos uma espécie de pele grossa que nos defende dessa agressão da realidade, que nos levaria a assumi-la, a percebermos o que se está a passar e a fazer o que finalmente se espera de um cidadão, que é a intervenção".

Organização popular...

"O mal é não estarmos organizados, devia haver uma organização em cada prédio, em cada rua, em cada bairro, Um governo, disse a mulher, Uma organização, o corpo também é um sistema organizado, está vivo enquanto se mantém organizado, e a morte não é mais do que o efeito de uma desorganização,… ("Ensaio Sobre a Cegueira")



"Acho que na sociedade actual nos falta filosofia. Filosofia como espaço, lugar, método de refexão, que pode não ter um objectivo determinado, como a ciência, que avança para satisfazer objectivos. Falta-nos reflexão, pensar, precisamos do trabalho de pensar, e parece-me que, sem ideias, nao vamos a parte nenhuma".

Revista do Expresso, Portugal (entrevista), 11 de Outubro de 2008

"...O importante foi ter vindo,
o importante é o caminho que se fez,
a jornada que se andou"


“Tirou o pequeno aparelho do bolso exterior do casaco e ligou-o (...) o ponteiro de sintonização continuava a extrair ruídos da pequena caixa, depois fixou-se, era uma canção, uma canção sem importância, mas os cegos foram se aproximando devagar, não se empurravam, paravam logo que sentiam uma presença à sua frente e ali se deixavam ficar, a ouvir com os olhos muito abertos na direção da voz que cantava, alguns choravam, como provavelmente só os cegos podem chorar, as lagrimas correndo simplesmente, como de uma fonte" (Ensaio sobre a cegueira)

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Veja vídeo sobre a primeira turma de “jornalismo da terra”


A primeira turma de jornalismo para integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) é uma iniciativa histórica, que está gerando grandes expectativas.

Uma comunicação diferente, voltada para as necessidades do povo do campo. É o que todos esses jovens desejam. E partir de agora vão poder lutar por isso como jornalistas.

Veja vídeo sobre a primeira turma de “jornalismo da terra”, um curso superior oferecido pela UFC (Universidade Federal do Ceará), por meio do Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera).

Vídeo disponível em:

http://www.ufc.br/portal/index.php?option=com_content&task=view&id=9259&Itemid=86

quarta-feira, 16 de junho de 2010

A experiência da Compós


Participar da Compós era uma inquietação desde o tempo do mestrado. Em nosso caso, o primeiro desafio foi animar os primeiros passos rumo à escrita do artigo, que aos poucos foi se concretizando no debate sobre a temática, leituras individuais e momentos de partilha e escrita conjunta. Ou seja, a primeira expectativa era escrever um bom artigo, mas que não fugisse das temáticas de nossas pesquisas, no caso, Rádio comunitária e Cidadania. Com a parceria de nosso orientador Valdir Jose Morigi, idealizamos o envio do mesmo ao GT Comunicação e Sociabilidade, onde depois, para nossa alegria e certa surpresa, foi selecionado.

Os primeiros passos, após aprovação e comemoração, foi discutir a apresentação (com ou sem Power-point, ler ou não ler, quanto tempo teremos?). Sabendo dos rigores e do grau de crítica deste GT, demos ênfase no debate sobre os pontos fracos e possíveis perguntas que nos poderiam ser feitas, como também a resposta para as mesmas. Estávamos nos armando para a entrada em campo. Outra preocupação, se não a maior, foi o compromisso de relatar o artigo da professora Janice Caiafa, da UFRJ. O momento do relato nos exigiu outras leituras e cuidado, pois estávamos diante de um grande artigo, que abordava reflexões que não faziam parte do nosso domínio teórico. Da mesma forma, recebemos, previamente, o relato do nosso artigo, feito pela professora Yvana Fechine da UFPE, que pontuou algumas críticas sobre nossa definição conceitual.

Outra expectativa foi em relação ao envio da passagem e indicação de onde ficar no Rio de Janeiro, sendo que essas despesas são pagas ao primeiro autor do artigo. E, como fica os co-autores? É certo que ajuda financeira do PPG conta, e muito. Com as informações nas mãos, seguimos viagem. Após o cancelamento do vôo, tivemos a grata alegria de viajar ao lado das profas. Cida e Milena. Elas nos apresentaram os primeiros lugares da cidade maravilhosa que nos acolheu no seu melhor estilo, sol e calor.

No primeiro dia do evento, tudo era novidade. Vinte minutos de apresentação, dez minutos destinado ao relator e cinco de tréplica. Muitas formalidades. No entanto, elas asseguram elevado nível de discussão. Respostas concisas, coerentes e focalizadas.

Nosso relato e apresentação ocorreram no segundo dia. Alguns problemas técnicos, como não abertura de arquivo e impressão errada do relato, fatores que nos deixaram sem o chão por alguns momentos. Mas diante do inesperado, o melhor é não perder a paciência e seguir no objetivo, que em nossa avaliação foi bem cumprido.

Após Compós fizemos um passeio pela parte dançante da capital, acompanhados de professores da UERJ e demais colegas como Denise Cogo, Sandra e Laura Barreras, Jousi Quevedo, Ana Carolina, Lilian. Na sexta-feira, antes do retorno, realizamos um breve passeio ao Pão de Açúcar e no centro da cidade. Andamos de Kombi alternativa, cruzamos a linha vermelha e de repente, depois de 1h30 de vôo já estávamos no Bom Fim. Inserir essa vivência no lattes foi nossa última ocupação, acompanhada, é claro, da esperança de uma próxima vez.

Por Joel Felipe Guindani, Cristóvão Domingos de Almeida e Valdir José Morigi.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Livro traz a história e perspectivas do rádio


Já está disponível o e-book E o rádio? Novos horizontes midiáticos, que reúne textos dos integrantes do Grupo de Pesquisa Rádio e Mídia Sonora da Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação.
O livro tem a organização editorial de Luciano Klöckner e Luiz Artur Ferraretto e traz 40 artigos apresentados no XXXII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação, realizado em Curitiba, no ano passado, e que tratam de assuntos como história, ensino, cidadania, criatividade, publicidade, programação e futuro da mídia sonora.
Há contribuições de 11 estados, mais o Distrito Federal, que abrangem um conjunto de assuntos agrupados neste volume em oito seções temáticas: a primeira é sobre história e a última trata do futuro, das tendências, da geração digital. No meio desses dois vértices estão artigos sobre ensino, emissoras e ouvintes, criatividade sonora, publicidade e programas.
A obra pode ser consultada ou baixada, gratuitamente, na Internet. Para acessar o livro, lançado pela Editora da PUCRS clique aqui

http://www.pucrs.br/edipucrs/eoradio.pdf