quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Aos políticos sem rumo!


Estimado político. Imagino quão desnorteado deve estar o seu coração...
Angustiado está o coração daquele candidato que nunca se preocupou com o chão onde pisa os seus possíveis eleitores...
Roendo unhas está o pretensioso candidato que em sua história sempre foi levado ao poder por meio do voto comprado, pela posição financeira ou social ou ainda pelas promessas engavetadas.
Parte desta realidade é o estado de indiferença daquele eleitor que se preocupa exclusivamente com a sobrevivência hedonista, com a satisfação dos prazeres pessoais, minimizando a importância de sua participação em atividades e assuntos coletivos e políticos...
Nesta lógica, a consciência crítica popular se enfraquece e permanece debilitada frente às poucas opções ou mediante as fortes amarras da esperta politicagem.
A inércia da maioria do povo parece amortecer até mesmo o tino, a intuição dos nossos políticos de plantão. Ficam eles perdidos ‘que nem gato em dia de mudança’...
Sem um sinal de fumaça por parte do povo, estes políticos ficam desnorteados, logo encomendam pesquisas para saberem em qual dos ventos vai à voz popular...
Neste ínterim, nas padarias, salões de beleza e botecos, edificam-se as mais variadas teorias e conspirações políticas... Mas todas essas vozes não passam de meras opiniões ou superficialidades do já tido, ou, esperado.
Enquanto isso, onde tudo é visto e medido pela ótica da compra e venda, os políticos começam a passar por períodos de metamorfose... É agora o momento de fantasiar possibilidades, de imaginar e conjecturar a nova mercadoria que estará nas gôndolas do Super Pleito 2008.
Quando a opinião popular é ainda desmedida, fraca e desconfiada, a mídia entra com o seu aparelhamento. Nomes são evidenciados em programas e debates, os quais também especulam para o seu lucro. Sorte maior se o possível candidato for um bem dotado empresário. O patrocínio é certeiro!
Alguns destes possíveis candidatos buscam nesta época reforçar laços de confiança e amizade com a poderosa mídia. Jantares e cervejadas servem de pressupostos para que ao menos sejam bem falados e menos criticados pelos tais comunicadores.
Por enquanto, para estes possíveis candidatos, tudo é cogitação. Quando questionados, o discurso permanece frouxo e imprevisível. Poucos deles fazem apontamentos significativos, porque até mesmo o inimigo pode ser o seu mais novo aliado... Uma boa reflexão!!!