quinta-feira, 31 de março de 2011

Diante da concentração dos meios de comunicação, o que nos resta? Meter a mão


Sábado (2/4) será um dia muito especial. Neste dia iniciará a construção (literalmente!) de uma rádio comunitária. Essa rádio, que ainda não foi batizada, será no Morro Santa Teresa. Queremos te convidar para ajudar nesta empreitada. Primeiramente, carregaremos os materiais da rua para o terreno, em seguida começaremos a construir uma ideia de rádio comunitária. Para a segunda parte, contaremos com o auxílio de Beliza Lopes (comunicadora da Rádio Comunitária de Encruzilhada do Sul) e Doraci Engel (comunicador da Rádio Ipanema Comunitária), ambos ligados à Abraço (Associação Brasileira das Rádios Comunitárias).

Atenção: se chover o mutirão será cancelado e o debate iniciará às 14h. Pedimos que confirmem presença.

terça-feira, 29 de março de 2011

Ciro Marcondes Filho ministra aula inaugural na Unisinos

Com um discurso objetivo e ideias construídas a partir de esclarecimentos conceituais sobre a comunicação, o professor Doutor Ciro Marcondes Filho, da Universidade de São Paulo, escrutinou o ano letivo do Programa de Pós-Graduação em Ciências da comunicação da Unisinos com a tese de que "a comunicação não é uma ciência aplicada". Seus argumentos explanaram que a pesquisa em comunicação realizada no Brasil é pouco reconhecida no exterior. Isso, para Marcondes Filho, deve-se a dois fatores. O primeiro é o desconhecimento dos pesquisadores estrangeiros sobre os trabalhos desenvolvidos em nosso país e o segundo é a falta de originalidade investigativa dos pesquisadores brasileiros.

A falta de originalidade amarra-se, em seu discursos, na incapacidade da pesquisa em comunicação brasileira romper com os paradigmas consagrados, sobretudo, com os métodos investigativos, que segundo ele, contaminam a natureza fenomenológica do objeto. "Devemos seguir o objeto, observá-lo e registrá-lo, dizer o que você viu, sem a preocupação de dar respostas ou de dizer o que se deve ou não se deve no modo de abordá-lo". Destaca.

Ao final, Marcondes revela seu guia investigativo fenomenológico: o Metaporos. Não sendo um método, como o usualmente construído e utilizado pelas ciências tradicionais, o Metaporos está aberto às definições do movimento objetal e não se incumbe de síntese ou de uma narrativa que cerque ou impossibilite a sua livre manifestação e apreensão.

Essas afirmações provocaram um rico debate de consensos e de insatisfações. Como o campo da comunicação terá legitimidade social e científica se ele inutilizar a matriz histórico-geradora e organizativa de todas as ciências que é o método?