quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

A 10 anos, o Fórum Social Mundial continua em movimento...


PORTO ALEGRE, MAIS DO QUE FESTEJO: UM BALANÇO IMPRESCINDÍVEL

De 25 a 29 de janeiro: o início de um ano pleno de fóruns altermundialistas.

Dez anos depois, a temática aposta no futuro: "Desafios e propostas para outro mundo possível". A grande Porto Alegre -cidade e zona metropolitana- volta a receber, como exatamente a uma década atrás, o Fórum Social Mundial (FSM), que viu nascer.

Apesar de que com um matiz muito mais brasileiro e regional do que em 2001, o evento a realizar-se de 25 a 29 de janeiro próximo na capital do Rio Grande do Sul, se propõe realizar um balanço desse espaço-processo altermundialista em marcha.

Milhares de participantes anteciparam sua inscrição. Dezenas de intelectuais e dirigentes de movimentos sociais, também. Entre eles, o português Boaventura de Souza Santos, David Harvey e Immanuel Wallerstein, dos Estados Unidos; Francisco Whitacker e João Pedro Stedile (MST), do Brasil; Diana Senghor, do Senegal; Samir Amin, do Egito; o francês Christophe Aguitton; por citar somente alguns nomes...

Vários chefes de Estado da região anteciparam sua presença: Lula, Evo Morales, Fernando Lugo e José Mujica.

O FSM se caracteriza pela pluralidade, não tendo viés governamental e nem partidário. É um espaço de debates e reflexões de entidades que se opõem ao neoliberalismo e ao domínio do mundo pelo capital e por qualquer forma de imperialismo. O FSM se propõe a facilitar a articulação em rede de entidades e movimentos engajados em ações concretas, partindo do local ao internacional.

Confira a programação completa e as novidades dos eventos pelo site: www.fsmecosol.org.br.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Artigo: Rádio Comunitária: cenários de resistências e possibilidades alternativas


Resumo

A proposta deste artigo é compreender em que medida a rádio comunitária Quilombo FM proporciona práticas sociais no bairro Restinga, região periférica de Porto Alegre, RS. Para alcançar tal objetivo, discutiremos o conceito de rádio comunitária, para em seguida, identificar a sua aplicabilidade na atividade desenvolvida pela emissora em estudo. Para isso, identificaremos no processo histórico da emissora, bem como na sua programação, veiculada semanalmente, e ainda, na formação dos comunicadores populares, as práticas de comunicação social que geram o desenvolvimento humano, a justiça social e a ampliação do exercício de cidadania. A análise evidencia, entre outros aspectos, que a rádio comunitária é um espaço de resistência e possibilidades. Resiste ao determinismo e possibilita a produção de experiências alternativas e de reconhecimento dos saberes locais.

Palavras‐chave
formação de comunicadores; rádio comunitária; Quilombo FM; cidadania.

Abstract
The purpose of this paper is to understand the extent to which community radio Quilombo FM provides social practices in the Restinga district, peripheral region of Porto Alegre, RS, Brazil. To achieve this goal, we discuss the concept of community radio and then identify its applicability in the activity developed by the broadcasting station under investigation. For that, we identify, in the historical process of this company as well as in its programming, weekly broadcasted, and in the formation of people engaged in popular media, media practices that generate human development, social justice and expansion of the exercise of citizenship. The analysis shows, among other things, that community radio is a space of resistance and possibilities. It resists determinism and enables the production of alternative experiences and acknowledgement of local recognition.

Key‐words
community communication; community radio; FM Quilombo; citizenship.

Versão completa em: Revista Elementa. Comunicação e Cultura. Sorocaba, v.1, n.2, jul/dez 2009.

Autores:

Joel F. Guindani
Cristovão D. Almeida
Gisele S. Neuls