A
vitória da Dilma tem gerado uma diversidade de manifestações, algumas,
inclusive, mais quentes que durante o período eleitoral. Surgiu até um site que
propõe a reconciliação entre pessoas que perderam a amizade por causa de discussões
políticas. Batizado de “Coxinha S2 Petralha”, o site disponibiliza uma série de
mensagens a serem enviadas para colegas petistas e tucanos.
Além
das manifestações e das possíveis reconciliações, algumas contradições já se
evidenciaram. A Marina, que afirmou o tempo todo “não desistir do Brasil”,
parece que resolveu substituir o Lobão e sumiu do país. Já o seu partido – que
apoiou Aécio -, apareceu em cena e declarou, por meio de seu presidente, que a
legenda vai permanecer fora da base aliada e que fará oposição “à esquerda”.
As
reações pós-vitória de Dilma se tornaram mais radicais. Conforme reportagem
publicada pela Revista Fórum, após o resultado que confirmou a reeleição de
Dilma, a página do Exército, no Facebook, recebeu centenas de pedidos de golpe
militar. Uma das imagens publicadas na página do Exército recebeu mais de 2 mil
comentários, acusando o Exército de estar “acomodado” em relação à situação
política do país. Assim, a vitória da Dilma nos indica que avançamos mais um
largo passo à esquerda, complicando ainda mais os planos da direita que ainda
permanece mobilizada.
A
Dilma ganhou e, com isso, Aécio repetiu a façanha de seu avô Tancredo e quase
governou o país. Aécio também coroa o tricampeonato de derrotas do PSDB em
disputas diretas com seu adversário, equilibrando, assim, o cenário de frustrações
sofridas pelo PT desde 1989. Não obstante, a vitória de Dilma preocupa a
direita, que já reconhece a volta de seu maior adversário em 2018: o presidente
Lula.
A vitória de Dilma preocupa a direita, pois
ela promete realizar as reformas políticas que Collor e FHC engavetaram e que
Lula só tentou implementar. Essas reformas preocupam a direta, sobretudo alguns
ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), que já se pronunciaram
desfavoráveis aos plebiscitos e aos referendos populares.
Enfim, A Dilma ganhou, e agora? Tomara que o seu governo
volte-se para os movimentos sociais, revendo, assim, a sua estratégia de poder
para então abortar de vez o seu discurso desenvolvimentista e propor um governo
realmente popular sem as interferências de alguns caciques da política corrupta
e oportunista.
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